quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Poesia do leitor


Esta é uma poesia concreta,
construída com pedra e argamassa,
com ferro estacada
e com paredes de vidro circundada.

Arquitetura moderna? Talvez...
Contemporânea, certamente,
do autor e do leitor.

Construção inacabada
após meio século de trabalho.
Lapidada várias vezes,
dilapidada outras tantas.

Ao leitor deixo uma missão,
terminar aquilo que comecei em vão,
transformar-se em artesão
de sonhos, palavras postas em ação.

RJ, 14/09/2003.

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