Hoje é dia dos pais. O meu já se foi, após uma cirurgia delicada. Viveu bem a vida, brincava muito com as pessoas de sua intimidade e gostava das palavras. Este poema é uma pequena homenagem ao meu pai.
A Pedra
O lago calmo,
de água parada
em dia sem vento,
a vida espelha.
A pedra lançada
na superfície lisa
ricocheteia
os anos da vida.
Círculos concêntricos,
histórias e épicos,
da pedra perdida
no fundo do lago.
Círculos passados
percorrem o lago
de volta para a margem
da vida, a origem.
A pedra lançada
deixa saudades,
círculos se mesclam
por variadas idades.
RJ, 17/09/2006.
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