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RJ, 2017. |
O Senhor tem-me guardado
A balbúrdia me desnorteia,
sons da rua, da sala de aula,
meus pensamentos a gritar
não param de falar.
O vento forte se impõe,
algumas árvores balança,
outras derruba, as folhas espalha
e as imagens embaralha.
A vida passa como um foguete
disparado do passado,
sem alvo bem determinado,
segue veloz para o futuro.
Sou piloto, ou passageiro…
A estrada se bifurca,
casas, janelas, pessoas…
Opções diversas se apresentam.
Muitas vezes sigo sem rumo,
com imagens desfocadas
pela velocidade da vida
e do caos urbano.
Só percebo onde cheguei
quando recordo o passado.
Apesar de tudo,
O Senhor tem-me guardado.
RJ, 16/06/2018.
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