Foi uma breve visão, um relance de motorista. Lá estava aquele rosto, sereno e alegre, de uma moça. Carregava em suas mãos um pequeno vaso de flores amarelas. Margaridas? Talvez ... Não havia como saber. Não sou bom conhecedor de flores e dirigia um carro através de um cruzamento perigoso. No entanto, aquele rosto sobressaiu na penumbra daquela tarde e me chamou atenção.
Era algo especial. Não era uma pessoa conhecida, nem era uma beleza incomum. Meus olhos se voltaram novamente para aquela moça. Precisava compreender aquele brilho especial que irradiava daquele rosto. Seria o sorriso, ou seriam os olhos... Naquele quadro de tons escuros do anoitecer, aquele rosto parecia clarear de emoções o local.
O brilho de seu rosto revelava o espírito da jovem. A visão de um momento futuro. Aquela moça estava ali com um pequeno vaso de flores nas mãos, mas seus pensamentos flutuavam longe no rio do tempo. Ela antevia a alegre surpresa de quem receberia aquele modesto presente. Quem seria? Seu namorado, ou seu esposo, talvez sua mãe ou seu pai, quiçá um amigo ou uma amiga.
Era só um rosto no findar do dia, mas aquele rosto transpirava a alegria de quem vê o futuro de modo positivo e possui um propósito bem definido para a vida.
O cruzamento ficou para trás. Agora, pelo espelho retrovisor, eu via o presente que desaparecia na penumbra. Uma moça de caminhar firme se dirigia para o seu futuro. E eu me recordava dos versos antigos do poeta anônimo “Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de júbilo...(Sl 126:1-2)” Aquele era um rosto de quem sonhava acordado, vivia o presente com os olhos no futuro.
Não sei quem era aquela moça, que vivia tão intensamente seu futuro naquele breve vislumbre no cruzamento da Urca. Dela guardo na memória, um rosto e um vaso de flores.
Era algo especial. Não era uma pessoa conhecida, nem era uma beleza incomum. Meus olhos se voltaram novamente para aquela moça. Precisava compreender aquele brilho especial que irradiava daquele rosto. Seria o sorriso, ou seriam os olhos... Naquele quadro de tons escuros do anoitecer, aquele rosto parecia clarear de emoções o local.
O brilho de seu rosto revelava o espírito da jovem. A visão de um momento futuro. Aquela moça estava ali com um pequeno vaso de flores nas mãos, mas seus pensamentos flutuavam longe no rio do tempo. Ela antevia a alegre surpresa de quem receberia aquele modesto presente. Quem seria? Seu namorado, ou seu esposo, talvez sua mãe ou seu pai, quiçá um amigo ou uma amiga.
Era só um rosto no findar do dia, mas aquele rosto transpirava a alegria de quem vê o futuro de modo positivo e possui um propósito bem definido para a vida.
O cruzamento ficou para trás. Agora, pelo espelho retrovisor, eu via o presente que desaparecia na penumbra. Uma moça de caminhar firme se dirigia para o seu futuro. E eu me recordava dos versos antigos do poeta anônimo “Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de júbilo...(Sl 126:1-2)” Aquele era um rosto de quem sonhava acordado, vivia o presente com os olhos no futuro.
Não sei quem era aquela moça, que vivia tão intensamente seu futuro naquele breve vislumbre no cruzamento da Urca. Dela guardo na memória, um rosto e um vaso de flores.
RJ, 06/02/2000.
Gosto dos teus escritos, sejam em versos ou prosas, sempre tem ritmo e poesia. Obrigado por compartilhar teu coração conosco.
ResponderExcluirForte abraço,
… sérgio …
muito bonita esta descrição de um momento. entrelaçando pensamentos e observações de um relâmpago anônimo.
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